Café
Junho 16, 2020
Queria ver poesia
Nas borras do café.
Queria sentir-me quente
No assento da cadeira
Chávena pousada, gole sim, gole não
E nestas calmas
Saber que os meus lábios não sentem falta
De palavras mornas
De outros, suaves
Onde ressoasse
A simplicidade que é
O tiritar de uma chávena
E um sabor permanente
Como o do café.